De volta ao Método Harada
No início deste mês falei-te de um método que iria revolucionar a forma de atingires os teus objectivos, sejam eles a curto, médio ou longo prazo. Lembras-te?
Era este artigo.
E agora já te consegues lembrar? Pois bem tinha-te prometido continuarmos esta nossa conversa e vir-te falar sobre os 20 passos essenciais para fazeres desta metodologia o teu mantra. São 20 passos que pouco a pouco te irão trazer a foco o que precisas de fazer e como pra chegares ao topo.
Estamos prontos não estamos? Vamos a isso!
20 passos essenciais para concretizar o Método Harada
Dentro destas 5 fases principais, existem ainda 20 passos que existem de forma a haver um leitmotif específico e um fim que possa ser inteligível.
O caminho a percorrer não é fácil, de todo. É necessária a força de vontade e a consciência da necessidade de seguir por esse caminho em particular. Os 20 passos são como seguem:
1. Acreditar em ti
Começamos logo com um dos passos mais difíceis. Estamos no início da escada e olhamos para cima. Tantos degraus para subir e começamos a duvidar da nossa energia. Começamos a reconsiderar se temos a capacidade para lá chegar. Para este tipo de percursos de montanha, é necessária uma qualidade muito especial, aquela que nos ajuda a ter a quantidade exacta do que precisamos: a assertividade.
Assertividade significa conforto consigo mesmo. Significa que me conheço tão bem, que sei quais os meus pontos de força e reconheço os desafios de melhoria que fazem de mim a pessoa que sou hoje. Nem sempre nos é presente essa assertividade e cabe aos outros, os que connosco fazem esta mesma viagem da vida – ou à Professional Organizer que entretanto contrataste para te ajudar (link) – trazer à tona esse auto-conhecimento. São eles que olham connosco lá para cima, mesmo no primeiro vão de escadas e nos dizem: “Fazes isto na boa.”
2. Tornar-se auto-suficiente
Apesar de termos quem nos incentive, esta é uma viagem que fazemos sozinhos. A força de vontade é nossa e a bagagem somos nós que a temos de trazer. Serve autonomia e muita segurança. Saber o que precisamos de saber fazer, avaliar as nossas competências e encher a nossa mala de potencial só com o que precisamos de levar connosco. Nem a mais, nem a menos.
3. Ponderar o serviço aos outros
Nós não somos ilhas. Este é um conceito que nos é evidente desde muito cedo e é continuado ao longo da nossa vida. As nossas acções têm um impacto naquilo que é o grande charco da vida. As ondas do que fazemos irão chegar eventualmente ao outro lado, aos outros. Nunca podemos ponderar uma acção que seja completamente hermética e estanque. Isso não existe.
Assim, se alguma vez optarmos por perder peso, sabemos à partida que isso vai alterar por completo as sinergias que nos rodeiam. Por vezes temos reacções negativas da parte da família e isso acontece porque o que fazemos em termos de saúde faz repensar o que cada um está a fazer por si. Irrita-nos que alguém coma menos, sobretudo porque começamos a ponderar se não deveríamos fazer o mesmo.
O impacto está lá, quer o reconheçamos ou não. Convém que as acções escolhidas por nós tenham sempre em atenção essa perspectiva.
4. Identificar um objectivo de longo prazo
Tal como foi dito anteriormente, o objectivo que se vai escolher tem que ser sério e fruto do nosso compromisso. Deve ainda poder ser quantificável e tangível e o seu progresso passível de medição.
5. Definir vários níveis de objectivo
O objectivo pode e deve ter 3 níveis:
- capacidade actual: o mais realista dos 3, o que achas que poderás cumprir de forma razoável dentro do prazo estabelecido;
- objectivo intermédio: uma meta adicional que poderá ou não ser atingida, entre o que é actual e o ideal;
- objectivo ideal: o que seria verdadeiramente almejável, mas ao qual faltam por vezes recursos, força de vontade ou disponibilidade.
6. Definir metas do percurso
São as estações de combustível na auto-estrada do nosso compromisso. As pequenas paragens em que colhemos a recompensa do esforço realizado até aqui, mas também onde restauramos energia para continuar, satisfeitos em parte pelo que fizemos até agora e ao mesmo tempo energizados pela etapa conseguida.
Cada meta deve ser sempre calendarizada e devem existir pelo menos 3 metas de processo.
7. Identificar e escrever o propósito e valores
Como já foi dito é o porquê das nossas escolhas. O que precisamos versus o que queremos, com o nosso sistema de valores em perspectiva.
8. Realizar a auto-análise
Tal como foi mencionado antes, é uma parte crucial do processo em que recolhemos a informação necessária que nos serve para nos prepararmos para o processo. É o treino cardio antes da musculação que aquece e prepara os músculos para os exercícios que se seguem.
9. Construir a Matriz 8×8
Passamos em concreto a preencher, em primeiro lugar, os oito pilares onde assentam o nosso objectivo, sem os quais este cai por terra. São as 8 áreas-chave que devem sempre estar presentes e fazer parte do processo.
10. Escrever oito tarefas para cada área-chave
Passamos então a escolher 8 tarefas para cada área-chave (8×8): nem sempre precisamos de preencher todos os 64 cubos, sobretudo se os vamos preencher com tarefas vagas, imprecisas e que não temos intenção de cumprir. Há que escolher tarefas precisas, utilizando para o efeito os mesmo verbos de acção que se utilizam nos objectivos operacionais, mencionando um recurso e uma forma de fazer.
11. Escrever uma data de início para cada tarefa
Datas concretas e concretizáveis que façam parte de uma coesão e coerência entre os vários âmbitos da nossa vida pessoal e profissional. De nada serve escolher uma data em que nem sequer sabemos à partida quais vão ser as outras actividades que irão fazer parte desse dia. É uma receita para o desastre e para a bola de neve que se segue, desmoronando todo o processo.
12. Seleccionar 10 tarefas para começar
Convém estabelecer prioridades, mas também escolher tarefas estratégicas e de forma inteligente: tarefas importantes, que entusiasmem e que sejam fáceis de fazer. Desta forma estamos a assegurar um bom começo e uma continuação.
13. Estabelecer novas rotinas que criam novos hábitos
Deve escrever-se 10 rotinas que se quer fazer com regularidade para criar hábitos e comportamentos mais positivos, que ajudem a alcançar o objectivo.
14. Usar afirmações positivas
Uma ferramenta bem conhecida de âmbitos como a PNL, uma mensagem positiva passa uma versão mais agradável e mais incentivadora do compromisso. Embora não seja apologista de fundamentalismos, vejo validade neste passo, desde que seja feito com naturalidade e espontaneidade, evitando demasiados scripts ou de cair no exagero.
15. Determinar o tipo de suporte que precisa
Assim como para lavarmos a loiça que temos na banca temos bem à nossa mão o esfregão verde, o detergente e o escorredouro bem antes de começarmos, também temos de preparar o ambiente certo para a tarefa e rotina que se aproxima. Este suporte pode ser material, mas também pode não ser tangível: pode ser uma formação, uma aprendizagem, um aconselhamento.
16. Identificar pessoas de suporte
Como não somos ilhas, também reconhecemos nos outros o impacto que podem criar em nós, positivo e/ou negativo.
Convém por isso identificar à partida as pessoas a quem se pode pedir ajuda para superar as dificuldades e que podem ajudar a atingir o objectivo.
17. Utilizar a folha de verificação de rotinas
Há quem tenha uma bússola para navegar por mares nunca dantes navegados. Para este processo, a folha de verificação de rotinas é a melhor forma de navegar, medir e diagnosticar o andamento do mesmo e o melhor caminho para o sucesso.
18. Manter um diário
Para o mesmo efeito, um diário pode ser uma ferramenta imprescindível para alcançar o sucesso que se quer, medindo pouco a pouco o nosso desempenho diário. Se isso incluir uma reflexão sobre o que se fez, sobre determinada actividade, melhor ainda!
19. Trabalhar com um coach/mentor
E como o nosso melhor não é igual todos os dias e porque por vezes perdemos o foco, quem melhor do que um coach (neste caso uma Professional Organizer!) para nos manter dentro dos carris necessários para avançar, que possa ajudar na revisão e acompanhamento das tarefas e rotinas.
20. Rever os objectivos mensalmente
No final de cada mês, deve rever-se o nosso objectivo a longo prazo e verificar as nossas rotinas, anotando análises e conclusões. Se tiveres concluído algumas tarefas, poderás acrescentar novas. Se decidires iniciar novas rotinas no próximo mês, escreve-as.
Fácil não achas?
Assim damos por terminada a nossa explicação! Nada como começar a utilizar e a pôr em prova para saber que resultados irás retirar desta ferramenta. Não te apoquentes se não conseguires à primeira, há que ir tentando e continuando o trabalho. Deixo-te ainda este pdf com um exemplo de utilização.
Aproveito para te dizer que há um serviço dos nossos que te pode ajudar a conquistar essa montanha. Já o conheces? Vê aqui.
Diz-me depois como é que te deste com este novo método e se tiveres alguma dúvida, manda-me uma mensagem.
Bons progressos!
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